
Este 2009 pode ser considerado o ano do bigode no Brasil. Vários protagonistas de manchetes nos jornais país adentro, como o médico Abdalmassih, o cantor Belchior, ou os senadores José Sarney e Aloísio Mercadante, cultivam exuberantes ou exóticos, ou feios mesmo, pelos no rosto. Mesmo assim, o Brasil não organiza nenhuma competição de barbas e bigodes. Não mandou, portanto, nenhum representante para os dois Campeonatos Mundiais do “esporte”, organizados neste ano no Alasca e na Alemanha (veja fotos). Hans Hamrin é o Joseph Blatter do mundo das barbas e bigodes. Esse sueco de 61 anos preside a Associação Mundial de Barbas e Bigodes. Em entrevista exclusiva ao R7, Hamrin disse que deseja incentivar a atividade em toda a América do Sul. - Infelizmente não temos muito recursos. Por isso, é uma pena que a gente não consiga incentivar o esporte no mundo todo. Por isso, o sueco quer que os interessados em cultivar bigodes e barbas exóticas em terra tupiniquim entrem em contato com ele. - Não conheço o país, mas acho que o Brasil tem todo o potencial. Não temos nenhum representante da América do Sul nos mundiais. Já tivemos asiáticos e africanos, nunca alguém do Brasil. Os Campeonatos Mundiais que decidem quem tem a barba e os bigodes mais vistosos do mundo existem desde 1995. Na ocasião, o Mundial foi realizado na Alemanha e lá estava Hamrin, ostentando um belo bigodão. O sueco foi o vice-campeão em sua categoria. Hamrin explica que, hoje em dia, existem 17 categorias diferentes na competição. Nos torneios, os juízes primeiramente dividem os competidores por categorias. Então julgam os melhores cortes baseados na “beleza” do bigode ou da barba e na maneira com que eles harmonizam com o rosto do candidato. Tudo muito subjetivo. - Dizemos que é um esporte porque há competição. No último Mundial, mais de 300 pessoas participaram – conta o bigodudo sueco. Já que é um esporte, as competições de barba e bigode poderiam, em tese, fazer parte das Olimpíadas. Hamrin suspira com a possibilidade. - Acho muito difícil... Se bem que nosso esporte é baseado em pontos de vista subjetivos em relação à beleza. Igual a patinação artística e a ginástica.
O sueco lembra que não existe ainda um Pelé da modalidade. O país que mais dá trabalho nas competições é a Alemanha, com participantes ousados e bem exóticos.
Apesar de encarar tudo com muita seriedade, Hamrin parece não dar bola para os torneios. Para ele, o importante é estar cercado de amigos barbados e bigodudos. As competições são apenas um “imã necessário para atrair essas pessoas”. Um gosto estranho para um especialista em segurança na Internet, casado e gente fina, que mora em uma terra rica e cheia de loiras.
Mas, como gosto se discute e como curtimos torcer para o Brasil mesmo em competição de par ou ímpar, pedimos para você, internauta, nos enviar fotos esquisitas de seu bigode ou barba. Publicaremos as melhores em um álbum especial. Quem sabe a gente não acha um talento para o próximo Mundial.
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